O luto é um quadro de reações a uma perda significativa, normalmente, pela morte de outra pessoa.
Muitos não sabem, mas o processo de luto pode ocorrer devido a morte de seres humanos, de um animal de estimação, por uma separação conjugal, por aposentadoria, por demissão do trabalho, por envelhecimento, por doença, assim como por vários outros motivos. Por isso, quanto maior o afeto ao “objeto perdido”, maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas, sendo fundamental para preencher o vazio deixado por qualquer perda que seja.
Existem cinco fases do processo de luto, sendo elas: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
A negação é a fase em que a pessoa não consegue acreditar na existência do problema ou situação. Nessa etapa ocorrem pensamentos do tipo “isso não é verdade”, “isso vai passar”, “eu vou acordar desse pesadelo”; também acontecem comportamentos como fugir do assunto e/ou ignorar a situação.
A segunda fase é a raiva, momento em que a pessoa se revolta com o mundo, se sentindo injustiçada e não se conforma por estar passando por isso. Geralmente, nessa etapa são frequentes pensamentos como “por que justo eu?”, “isso não é justo”; comportamentos como perda do controle e da calma costumam ocorrer.
Negociação é a etapa em que a pessoa tenta negociar, na maioria das vezes, com Deus, através de promessas e/ou sacrifícios, para que isto não seja verdade. Momento em que indivíduo pensa: “vou ponderar e tudo se resolverá” ou tem atitudes como rezar e fazer acordos com Deus.
Quando a pessoa torna consciente a perda é a quarta fase: depressão. Nesse estágio é percebido que não verá mais aquele ente ou coisa, e que com isso os sonhos, planos e lembranças agregadas a esse ente ganham um novo valor. É nessa etapa que a pessoa procura se isolar, fica mais melancólica, se sentindo impotente diante daquela situação.
A última fase do luto é chamada aceitação, onde a pessoa consegue conversar melhor a respeito do que aconteceu, esquematizando estratégias para lidar com a situação. Nessa etapa não há tanto desespero e, em geral, as pessoas estão prontas para enfrentar a perda ou morte.
É de suma importância ressaltar que não necessariamente as pessoas passem por esses estágios de forma linear. Portanto, elas podem “ultrapassar” uma etapa e mais tarde voltar a ela ou até mesmo deter-se em uma delas por um tempo extenso. Assim como, podem superar as fases em processo acelerado. Não existe regra para o processo do luto, sendo relativo de pessoa para pessoa, pois isso depende muito das experiências, vivências e crenças de cada indivíduo.
A terapia auxilia o paciente a identificar e pensar as etapas desse processo, permitindo que ele enfrente o luto.
